Retornará ao ritmo moroso, pois o conheço.
Irá à estação a minha procura, mas perdão, descuidei-me no caminho, preciso tanto não encontrar. Nosso futuro é certo, quase óbvio, até as sombras do dia compreendem quando nos veem à tentar a dançar da separação, do nunca mais, mas nossos pés desobedecem os passos.
Assim iremos nos deitar na grama seca de agosto e filosofar acerca da vertigem de cada dia. Me dirá que sou uma queda-livre, não, não, uma estrela cadente com meus cabelos de fogo e direi que não sei o que você é, talvez o caixeiro viajante, o eterno vendedor de sonhos, que quase sendo sem querer, muda a vida de todo mundo, lua após lua.
Orbitamos em nossa atração absurda, mesmo quando não nos assimilamos, dividos entre o abismo que nos desuni e a vida que poderíamos ter. Um dia aí, me olhará e dirá, mesmo que de relance, que também se perdeu. Apesar de filhos da terra, nenhum de nós captura o orvalho da manhã.
Noturnos, nebulosos, sem nome, sem rumo, rostos falsos como o de um satélite, mas...
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