Thursday, 21 January 2010

My spirit crawls out

Tenho me sentido suspensa no ar. Como se a alma não quisesse se manter neste corpo. Digo que procuro me salvar, mas tenho tanto medo de me salvar, me tornar real. A salvação é a pior forma de se encontrar. É tão mais fácil flutuar sem nexo pela noite, tão mais simples não ser e não definir. Toco em meu corpo e não sei se estou aqui, acho até que você pensa o mesmo; diz para si que não me quer porque não poder me ver, mas toda vez que apareço, não consegue evitar e olhar. Também tento me enxergar, mas olho e não me compreendo, não aceito o que pareço ver. Acho que é tudo que tenho; eu tento, tento aqui e acolá, tento e desisto se consigo, vai que um dia eu realmente vivo?

****
E eles... ah... fazem questão de se fingir não amados, quem sabe, amaldiçoados pela vida. Isso irá mudar, se até o céu caminha, não há nada que explique porque esses espíritos desamparados - que se arrastam pelos momentos, cobras entorpecidas pelo próprio veneno - , se fingem de mortos.
Tempo, tempo, tempo, não deveria ser dessa maneira Nossos sonhos deveriam ser como navios sem leme, nossos portos deveriam estar dentro de nós.

Iremos esquecer a direção de casa. Acredite na leveza da incerteza, camarada.

No comments:

Post a Comment