Tuesday 29 June 2010

Twitlonger moment

In my heart, everything is possible. And it's beautiful and nothing like it's now. I can't sit still and wait for you to change your mind, my heart is a big, fat turnit and my season has arrived.

Bem, manolos, raramento saio daquilo que gosto de chamar de "the black veil of poetic prose". Ora, mas hoje foi o bendito dia maldito em que acordei objetiva. Ok, acordar não seria o verbo correto sendo que nem dormi. Então, isso quer dizer que será confuso e mal escrito por aqui, boa sorte. What else? Chorei feito uma puta o dia inteiro. Estava bêbada se lhes interessar saber. Pois bem, foi algo de fenomenal, quase que uma maratona, e com certeza, bateu algum record pessoal que eu nunca quis ter; chorei enquanto queimava minha já acidentada pele alva debaixo do sol, chorei em frente a um ipê rosa e depois em frente a um amarelo, chorei no ICC norte, chorei no Ceubinho, chorei comendo um sanduíche, chorei quando o deixei cair no chão, chorei na aula de linguística e por aí vai. Seria de dar dó se não fosse tão patético. Tenho várias motivações, mas estou letárgica demais para poder enumerá-las direito. Só posso admitir aqui, amigos/inimigos anônimos, um dia desses, terei que me expor, terei que voltar a superfície, ninguém pode ser tão densa, mas é que tenho completa aversão à pressões externas na hora de tomar decisões, especialmente, decisões que irão mudar todo o rumo dos últimos meses. Talvez o maior problema é que sempre peço paciência às pessoas impacientes. Mas que diferença faz a minha opinião? Sou burguesa demais para ter tristezas e insatisfações genuínas. Se eu não for cuidadosa agora, acabarei por me entrevar... sem qualquer possibilidade de retorno.

e assim me esqueço qual é o rumo do dia? Estar indo nunca fez qualquer sentido para mim, considero estar algo estático, então como pode-se estar a caminho? O que viaja sem mover-se? O correto para mim seria 'foi-se', foi-se a caminho.
Penso em flores e como seria recebê-las e amassá-las até morrerem secas junto ao meu peito. De alguma maneira, esse deve ser o jeito com o qual lido com o amor, só não posso dizer ao certo, as pessoas me escapam por entre os dedos antes de me permitirem amá-las. Sei que não sou mais como Sylvia Plath que ao receber tulipas vermelha, agonizou em seu leito por não conseguir se levantar para rejeitá-las. Levanto e crio um altar para elas, e por algum motivo, esse altar se mantêm oculto aos olhos alheios e todos consideram que sou incapaz de montar um. Então, não faço nada. Sofrimento bem burguês, sabe. Fico parada, tremendo de medo, olhos vidrados de emoção, esperando a próxima queda. Livre. Quem sabe onde cairei? Quem sabe pra fora daqui?

"Pois parece assim. Uma maldição. Para sempre. Só acaba quando amputam os pés da moça. Quando você perde um pedaço. Quando você se anula." - Caio F.

Wednesday 23 June 2010

A golden heart

From time to time, I let it fade from my sight. I pretend it doesn't rip me apart to not make a single attempt to retain it, to get it back to me. This has always been the case.

I'm only trying to protect myself since I have nothing to go back to, unlike you.



É mentira que eu não quero, quero sim, mas de que me adianta querer?

Monday 21 June 2010

Who will put flowers on the flower's grave?

As amoras pego do pé ainda vermelhas, é que tenho pressa, sabe. A fleuma não é para mim. A maçã? Espero que já esteja cortada no prato. Quando à noite chego em casa... quero um banho longo, quero meu chá peach'n'passion fruit esperando por mim.

A problemática da idiossincrasia é não ter como explicar que seus dedos são curtos demais, suas mãos demasiado pequenas, sua boca selada, não há como carregar a dor dos outros ou distribuir a própria dor aos outros. Cansa tanto ter que dizer que este corpo me aperta, que esta mente me oprime, que estou enclausurada em mim, eu, déspota de mim, eu, serva de mim. Como explicar que dormir é um amigo ausente, que a biblioteca é a minha igreja e que meus deuses sofrem muito mais do que eu? Seus nomes ecoam eternos, suas vozes esgotadas, seus amores lembrados e esquecidos... é uma pena não haver uma luz, apenas um sorriso dúbio no final do túnel. Quem proteje os nossos deuses? Quem os salva de si mesmos?
E nessa de que a vida já não anda e de que nada cede, de que nossos deuses estão em frangalhos, meu tema será 'escolhas'. As forças cósmicas são arbitrárias demais, e por vezes, ocultas demais; seus códigos me atravessam sem deixar rastros. Como hei de permitir o cosmos me guiar dessa maneira? Prefiro você, parede minha, my reliable source. De mim nada sei, por isso espero por você na esquina, aquela perto da padaria, que esquinas, guria, olhe em volta, esta cidade foi recortada bruscamente por você no ano passado, triângulos malditos, pedaços perdidos rasgando o calcanhar dos desavisados, não se lembra?
Ok, então escolho os descampados. Esta é a cidade das sobras, afinal, de tudo que só se vê de longe, capaz de exaurir todo pensar, lembrar, ir atrás. Esta é a cidade onde o tempo morreu, mas ainda tenho pressa.

Monday 14 June 2010

Letters on thrusday

Dear old friend,



I've got confessions to make: I can't sleep. I can barely eat. I can't not care. I can't let go. My dearest, my dead dear one, my perpetual incanpability to breath, all the words wasted away, all the moments we've missed, all those dead dear ones oh, my heart...



Pobre de ti, amigo. Reconhece-me e vem atrás quando passo, mas não te passo. Acendo uma pequena vela, trago energia para dentro. Deito-me na grama, no chão, na calçada, em seu colo tão sonhado e não sei ficar ali. Não sei viver no agora nem no antes ou depois, sinto que não reconheço mais o tempo. Escrevo aos milhares sobre ruínas, árvores e mares, essas coisas misteriosas que não cabem em mim, essas tolas inanimadas, lascas de realidade vã que desviam o que não consigo dizer, pois não consigo saber ao certo o que saber. Resguardo-me em meu passeio interno e sei lá, aposto que você, se fosse vivo, saberia o que responder ao receber tantas ofertas, jogos, desejos, promessas, noites, rejeições. Eu? Não se dizer, não sei onde estou nem aonde estou. Entendeu? Está entendendo? Espero não provocar distâncias, decepções e angústia entre nós, já existem tantas barreiras entre nós, criamos uma realidade paralela inteira coroada de abismos e obstáculos e para quê? É por que estamos exauridos, derrotados, entendiados a ponto de passar por cada espelho e desejar ver outro alguém? Nos observamos prostrados um ao lado do outro, eu mais viva do que morta, menos morta que você... por que não mais conseguimos comunicar ao outro a bandeira da revolta, o hino da guerra ou do amor? Ou seria porque estamos tentando desencontrar o que já encontramos?


Dear old friend, dear dead one, what else can I give that have not been given to you before by the many yous/hers, by the many forgotten names and faces with bodies with fingers that touch and pull? What else do I sacrifice in the name of whatever is this thing we have? The ship is out in the open sea by now, there's no going back, pleading for mercy, praying for storms, german submarines or icebergs. Você, minha falta de força de vontade, minha febre terçã, tem que entender que lhe defino por vários nomes e explicações, pois não sei mais a quem escrevo isto aqui. Você viveu um sonho de verão que lhe definhou. Eu nunca vivi antes de viver agora. Tenho que perguntar como as pessoas fazem as coisas, pois não sei. É fácil para você, um morto, controlar tudo que eu faço, quanto devo sentir, querer, demonstrar, não terá que viver nada disso. Sou aquele botão de uma flor cujo nome ainda será escrito, sou o início do início do início de nossa história e nada posso fazer para me defender de todas as mutações, laços e verões que surgirão de mim. Você não pode impor o quanto me é permitido existir já que nem existe. Então, espero por nós naquele banco ali, e quando você chorar, dormirei para o outro lado para não ouvir. The dead, even the dear ones, have to know when to be forgotten so they can be missed again one day.


It's never ever over and so... it begins.

Saturday 5 June 2010

Mother of all






Não é compreensível que esteja no masculino, o mar nunca foi um pai, o pai é aquele que só se vê no final da tarde, que lhe manda terminar a sopa, que lhe presenteia com palavras e distâncias, nada que se possa usar no mundo em que vivemos, que rispidamente lhe mandar parar de chorar enquanto ele mata o filhote de gambá que achou naquela gaveta em sua casinha de ferramentas.



A mãe te embala, te embalsa, lambe as suas feridas mais enraizadas até arder. Vi quando ela chorou, naquela selvagem maternidade de ser, ao ver sua filha encalhada na areia. Era imensa, essa filha, havia sido bem sanada, nutrida, embevecida durante anos, mas era obtusa feito um pepino do mar, o filho ingrato. Ficou enfeitiçada pela irreal solidez da terra e acabou sepultada lá. Sua mãe, tão fraca de chorar, tentou em vão usar suas fracas garrinhas de espuma para trazê-la de volta. Ai, mas como o tempo se faz irreversível, (en)torna até o mais esplendoroso em irreconhecível.



Quando jovem, não pensava em mim como filha também. Imaginava-me em outro corpo, nada prendia a minha atenção, sonhava em ser da superfície das coisas, pois era tudo tão mais claro. Não ser a encalhada, a baleia morta, o mexilhão cravado na pedra, água-viva boiando em oblívio.


Certo dia, uma gaivota riu e percebi o meu reflexo. Que reflexo, pergunta. Não pode-se fugir de si, saiba, tentei, morri e engatinhando voltei. Não se pode negar as águas irriquietas que brotam de você. Pesa-me admitir que faço parte de um universo que não criei, que não pedi, do qual jamais poderei escapar, mas aqui está: sou uma onda, aquela que se quebra na praia, e estalando, é puxada pelo cordão umbilical de volta pro mar.



Veja-me reconstruir, ter de reconstruir minha vida, dia em cima de dia, e talvez entenda. Você não está lendo a mesma pessoa de ontem, não adianta apontar na minha cara e me dizer que entende, que quer muito, que não quer nada, que não sabe o que querer, aqui está alguém que vive o absurdo de explodir em sua frente em nada! Fodam-se os seus delicados desejos juvenis, garotinhos, perguntem à gaivota sobre a leveza, a superfície. Aqui, ou você vai com a correnteza ou é devorado pelo mar.




"Is it the sea you hear in me?
Its dissatisfactions?
Or the voice of nothing, that was your madness?

Love is a shadow.
How you lie and cry after it." - Sylvia Plath

Wednesday 2 June 2010

The dead of the night come together

Darling, it's only when you give up that things start coming your way. When people try to tell you what to do, you'll say, "You see, I know the connection, I have to admit, I feel it burning in my veins. So does he." He fears you are over it, but you'll never be over it.



You know hope is death. It's dead and gone that old one, sure now it's the same but you both have changed, that's why he finally understands you and now desires that whole ordeal of blind desperation you've had for so long. Girl, it's you that do that do that do.



Lover, I don't have to love. Ex-lover, you do.