Dear old friend,
I've got confessions to make: I can't sleep. I can barely eat. I can't not care. I can't let go. My dearest, my dead dear one, my perpetual incanpability to breath, all the words wasted away, all the moments we've missed, all those dead dear ones oh, my heart...
Pobre de ti, amigo. Reconhece-me e vem atrás quando passo, mas não te passo. Acendo uma pequena vela, trago energia para dentro. Deito-me na grama, no chão, na calçada, em seu colo tão sonhado e não sei ficar ali. Não sei viver no agora nem no antes ou depois, sinto que não reconheço mais o tempo. Escrevo aos milhares sobre ruínas, árvores e mares, essas coisas misteriosas que não cabem em mim, essas tolas inanimadas, lascas de realidade vã que desviam o que não consigo dizer, pois não consigo saber ao certo o que saber. Resguardo-me em meu passeio interno e sei lá, aposto que você, se fosse vivo, saberia o que responder ao receber tantas ofertas, jogos, desejos, promessas, noites, rejeições. Eu? Não se dizer, não sei onde estou nem aonde estou. Entendeu? Está entendendo? Espero não provocar distâncias, decepções e angústia entre nós, já existem tantas barreiras entre nós, criamos uma realidade paralela inteira coroada de abismos e obstáculos e para quê? É por que estamos exauridos, derrotados, entendiados a ponto de passar por cada espelho e desejar ver outro alguém? Nos observamos prostrados um ao lado do outro, eu mais viva do que morta, menos morta que você... por que não mais conseguimos comunicar ao outro a bandeira da revolta, o hino da guerra ou do amor? Ou seria porque estamos tentando desencontrar o que já encontramos?
Dear old friend, dear dead one, what else can I give that have not been given to you before by the many yous/hers, by the many forgotten names and faces with bodies with fingers that touch and pull? What else do I sacrifice in the name of whatever is this thing we have? The ship is out in the open sea by now, there's no going back, pleading for mercy, praying for storms, german submarines or icebergs. Você, minha falta de força de vontade, minha febre terçã, tem que entender que lhe defino por vários nomes e explicações, pois não sei mais a quem escrevo isto aqui. Você viveu um sonho de verão que lhe definhou. Eu nunca vivi antes de viver agora. Tenho que perguntar como as pessoas fazem as coisas, pois não sei. É fácil para você, um morto, controlar tudo que eu faço, quanto devo sentir, querer, demonstrar, não terá que viver nada disso. Sou aquele botão de uma flor cujo nome ainda será escrito, sou o início do início do início de nossa história e nada posso fazer para me defender de todas as mutações, laços e verões que surgirão de mim. Você não pode impor o quanto me é permitido existir já que nem existe. Então, espero por nós naquele banco ali, e quando você chorar, dormirei para o outro lado para não ouvir. The dead, even the dear ones, have to know when to be forgotten so they can be missed again one day.
It's never ever over and so... it begins.
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