We have this hopeless, sleepless generation making a racket around town. We have these waiting hours, hours for the light to slowly widen, for the day to slowly thin, for the churches and hospitals to open and save our lives. We have loneliness. We have this lost of innocence which runs so deep that nothing will ever bring it back again.And I? I'm fully prepared to leave this island.Oh, oh, Rome-oooo.
Os resquícios de nosso império partem-se em ruínas, despedaçam-se do tempo como a pele de uma cobra. A cidade aos prantos vai se envaziando, rolando devagar para algum recanto perdido da memória das gentes. O que conta saber da vida está no agora, o resto ficará descansando em livros que nunca iremos ler ou na deliciosa tensão do momento, naquele bater de perna incontrolável à espera da reviravolta da história, de um império refeito das cinzas.
Deixo a você, meu compatriota, um leve abraço, metade de um aperto de mão. A tristeza da partida precede a alegria da chegada e nem sei mais se adianta todo o ritual do desejo, seja ele o desejo de destruir coisas ou salvar vidas, e quem sabe, simplesmente, no desgaste sensual da noite, o desejo de esbarrar em outra pele e esquecer, esquecer, esquecer.
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Esta é a casa mais feia da cidade. Vejam só sua fundação traumatizada, sua fachada coberta por remendos e linhas que mais parecem o sistema nervoso de um monstro hediondo. À noite, aqui se encontram as sombras do dia, essas criaturas que se escoram pelos bancos e restaurantes e valas ao seu redor. Não ouvem o pesaroso chamado da gaivota na praia, nada veem quando as nuvens passam assim... rasgando por cima e carregando nossas pernas junto, não sentem os insetos, cegos navegantes, rondando suas cabeças.
Que alívio seria, tropeçar pelo mundo inválida, invisível, ser como que uma santa cravada no misticismo popular, ter meu nome sussurrado nas capelas e lamentos, ser como a sombra das coisas da vida, ocultando todas as máscaras e falhas.
O que a casa traz é a falta de linearidade para a paisagem, ela é o verso branco da rua, quebrando o contrato das novas tradições. Se pudesse ela despencar desse promontório alcantilado e nos deixar em paz ou quem sabe ainda, entrar no ritmo da cidade que é o ritmo das ondas.
Sonho toda noite com a luz, filha devota da sombra, que me arrebata e devora tudo em volta. Até o fim.