Das ondas nada levo de volta comigo.
Finjo que caio quando caio e caio alto.
A paciência não é uma virtude, é uma sina.
Os corredores da memória esvaziam de tempos em tempos
e tudo se torna distante e vago como viver do outro lado das coisas.
Do outro lado da rua da vida.
A vontade é de abandonar tudo e todo mundo pelas esquinas e não sofrer mais.
Dou muito valor às coisas poucas, às mais fracas, o que mais amo é o passarinho que caiu e morreu antes de aprender à voar como os outros.
Então, beberei e pedirei a destruição de corpos e não voltarei mais atrás, pois o que eu quero é a morte.
A morte que desça e dance o tango mais bonito em cima de tudo que perdi e que eu dance também.
Dance para fora dessa festa escrota.
Espero por mim na sargeta.
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