Saturday, 5 September 2009

Calling out for rain to leave the skies down in the lowlands

This, now this is our youth.
Nenhum detalhe será polpado de nossa memória sedenta, pois engolimos tudo que podemos o mais rápido que conseguimos, precisamos de cada pedaço, até os pedaços mais cruéis cujas pontas são sempre afiadas demais. Por one vamos, o ar parece pedir mais ar, a terra mais terra, mais vida, uma larga vida e mas que coração alto, altivo e sem remorso!
Se pudéssemos seríamos pássaros, você e eu, voando desesperadamente para os recantos mais remotos da terra, assim então atravessaríamos todas as fronteiras de todos os países com suas cidades inúteis, suas guerras das quais só sobram os vencidos e desesperados, suas pessoas barulhentas e enfadonhas que jamais entenderam que voar é mais implacável que qualquer sonho que possam ter. Atravessaríamos ainda as densas florestas do extremo oriente, planaríamos através dos profundos mares do sul, furaríamos o céu dos desertos e das tundras, dormiríamos nas árvores mais altas, comeríamos os vermes mais gordos, seríamos tão esplendorosos e valentes, com nossa plumagem de ouro e olhar sagaz, que o vento sussurraria nossos nomes quando passásemos... ah, se fôssemos pássaros. Mas não, como humanos temos os pés nessa terra e nesse vida que não nos larga até terminar de sugar todo o nosso espírito pra fora. Nossos livros pesam tanto, nossas costas reclamam nos menores dos esforços, nossos olhos se fecham quando cansam, exaustos de ver tanto e compreender tão pouco.
Ofereço-lhe aqui, ó criatura incansável, meu segundo eu, um pouco de meu fardo também, assim como um pouco do seu que você me ofereceu...

Ora, se for para afundar nessa terra, que estejamos juntos.

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