Friday, 11 September 2009

About need and desire

Essa é a mágica do café; traz a coceira nervosa de escrever novamente. As palavras vão entrando, substituindo as imagens vazias e intraduzíveis de sua mente. A vontade é de ler tudo, de saber de tudo, de não duvidar se o que você escreve não será compreendido.


Um dia, o café, o cigarro e o álcool não serão nada pra mim. Serei plena em meu desejo de ser, estar e fazer, sem influêcias exteriores. Por agora, os tenho como meus dispositivos de ataque. Não, não de ação, de ataque, da vontade de ir em cheio ao que me apavora.


É melhor ter essas batidas oscilantes e olhar vidrado do que ficar deitada na cama o dia inteiro tentando se convencer que há um bom motivo para sair dali.


Somos o que somos onde estamos, onde estamos. O que mais preciso é ser tudo o tempo todo e tentar entender, mesmo sabendo que entender as coisas não abre as portas do universo.


O que eu queria é achar alguém que também não é nada, que não sabe se entregar, que se perde ao ouvir a voz dos outros, ao olhar nos olhos, que se enrosca todo tal qual um gato ao lembrar da palavra que faltava, se embrulha inteiro ao ter que explicar porque agora não dá, deixa pra depois.


Não posso predizer o que me fará feliz, só sei o que me mata, mas nem isso consigo evitar.


“E recomeçar é doloroso. faz-se necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. não cabe reconstruir duas vezes a mesma vida numa só existência. É por isso que me esquivo e deslizo por entre as chamas do pequeno fogo, porque elas queimam - e queimar também destrói." - Caio Fernando Abreu

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