Saturday 16 October 2010

Tango till you're sore

Olha mas que barriguinha amarela e o olhar!fixo no horizonte, em mim, ai ai ai, o que irá fazer, para onde esse desejo se/me atravessa? O cigarrar das cigarras corta a saudade ao meio, os pássaros não mais anunciam partidas ou chegadas, apenas rodopiam, sem frutos a bicar ou ninho a que voltar.


Você tropeça na escada, abaixa a cabeça e engole seco a culpa e a dor por ter fugido tão impulsivamente assim, pobre rapaz.


Olhe a tonteante lua, botãozinho q-quebrado no céu, com nossas mãos dadas, somos atirados de encontro um ao outro pela multidão.


Quanto o tempo já nos faz...


Estranho como ainda conseguimos falar aos milhares, podemos renascer, livres dos velhos desencantos, pois agora coroados de toques que brotam macios e ébrios, who are we to deny the heat?


O que há comigo, se pergunta. Por que não completo os textos? Os contos? As ideias? Para quê? Se tenho aqui as fotografias queridas, renovadas, tremidas por minhas mão úmidas que escapam e escorregando caem através de suas costas, suas pernas, seu ar.


Reverenciada seja a chuva que salpica as janelas, atravessa os dedos por entre meus cabelos e... não me beija com tanto esmero quanto você faz todo dia, ainda assim, mas que beijo!

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