Friday 1 October 2010

I'm going back east

A dança mais bonita que dancei foi com uma folha seca na piscina.

Não há cura para esse sol que pousei sobre sua cabeça cansada.

O seu coração palpita. É noite, noite, somos tão jovens...

A rosa branca é rosa.

(Cai caisim cai cálida branca do céu ao chão)

Perfume branco de branco-rosa envolve os meus mistérios.

As fotos na cabeceira, cartas por entregar, olhares encantados, mãos que deslizam lentas sobre minha pele febril, haverá resposta?

Um rosto colado ao meu, vontade de não ter que se despedir jamais, me a solidão, o antigo carro-chefe.

Dias, tantos, e a luz...

Um beijo junto ao peito e o vento que nos carrega para perto de nossos braços. Mais ávidos e imediatos que o medo que por vezes lhe tira a visão.

É no escuro que recebo o abraço mais querido, o aperto mais sentido e a vontade de me fazer universo, verso unido, completo.

O que fará comigo, folha seca rodopiando em volta de meu corpo, tão pequeno, tão pálido ainda?

O medo de não saber nadar na correnteza que criei em seus caminhos. Soltei-nos do envólucro da apatia, do lascado casulo da angústia do ser.

Ô, pessoa que conta mentiras a si própria para não me amar.

Pessoa que desperta quando eu desperto, passa mal quando estou mal, como uma sombra que copia essa coreografia de não mais viver o eco dos dias.

Palavras dispersas, perfumes dos mais certos, a tarde que nos oculta em seu santuário, e se há porto, se há mar, que uma jangada seja construída, que haja sobreviventes, pois precisam de nós.

Como é difícil escrever com esses braços em volta de mim, com essa falta de ar, essa fissura, beijo meu que rasgou-lhe a jugular, beijo teu que levou-me à tona.

Me dirá sim e estará curado.

"yes when I put the rose in my hair like the Andalusian girls used or shall I wear a red yes and how he kissed me under the Moorish wall and I thought well as well him as another and then I asked him with my eyes to ask again yes and then he asked me would I yes to say yes my mountain flower and first I put my arms around him yes and drew him down to me so he could feel my breasts all perfume yes and his heart was going like mad and yes I said yes I will Yes." — James Joyce

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