Um plano que desbrava os horizontes.
A secura desse deserto, cada gota de estrela, cada tristeza bem pequena, tudo catalogado. Guardo o meio em volta, feito uma romântica, uma gótica, e justifico meios anseios e medo através das folhas e das tempestades.
O vazio que aconchego no peito é maravilhoso, tenho esses dias extensos e ocos que posso preencher com qualquer coisa, qualquer um pode ser dono do meu coração. Os conflitos de ter, ser, compreender, ouvir a voz que cala todo o resto, desaparecem na curva da estrada dessas águas impetuosas.
Levante os braços do jeito que fazem as árvores cansadas do parque. E sorria a paz de não ter paz ou peito para se quebrar.
As amarras irão se soltar, menina, você é grande demais para ser arrastada assim. Amanhã será um dia imenso, sirvar-se dele, não desperdice nenhuma sobra de nada, abrace quem tiver que abraçar, chore as lágrimas mais bonitas que esse mundo já viu e traga aquele sorriso, ah, aquele mais doído, você sabe, que faz a vida rolar.
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