Toda essa babaquice pseudo-literária aqui tem pouco valor, até para mim. Não que seja mentira, mas só me trouxe muita mágoa acumulada que não consegui exprimir e uma certa revolta. Falar abertamente é algo que desconheço. Talvez eu consiga me salvar quando parar de planejar ou me encantar.
Não tenho o menor desejo em aprender a funcionar do modo esperado e tenho pavor de qualquer tipo de responsabilidade. Imaturidade ou não, batuco um ritmo só meu e que em nada condiz com essa música diária que ouço pelas ruas, que ouço nos movimentos alheios. Tenho a vantagem de não querer me consertar ou consertar ninguém. Me aceito como aceito os outros, com tolerância e um certo desprezo. Admito que me sinto exausta, que não quero mais esperar e hesitar. Não quero mais ter saudade de mim. Muito menos ter que andar pelos momentos com esse suspense, essa vontade.
Desejo para os dias futuros aquela sincronia cósmica, a única que compreendo. Não quero mais essa quadrilha de Drummond a assombrar as horas. Desejo também, dias livres de indiferença, indiferença pra mim é doença. Tudo tem tão pouco nexo, por que não tentar mais? Mais ar, mais canções, mais ebriedade, mais palpitar, mais paixões loucas, menos limbo, menos desse abismo, desse cadafalso, dessa dor já cansada também, inexplicável e ridícula que me tira do rumo. Que venha a luz que me queima e sorrisos que não doem no rosto. Peço ao universo, aos astros, a qualquer coisa mais forte do que eu, mesmo que seja essa voz interior, minha musa inspiradora, uma recompensa e não me interessa a falta de merecimento, não acredito em merecimento, nessa valorizações moral das ações humanas. Quero paz, a mais confusa, caótica, entorpecente, dolorosa paz.
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Engraçado eu não sei nem como achei teu blog, mas te sigo e amo os textos, me identifico mto *-*
ReplyDeleteparabéns :*