Wednesday 4 August 2010

Experience

Fuck you and your pain. Fuck me and my pain. fuck me in my pain.

Coloquei o primeiro cigarro na boca aos 8. Nem tossi. Decepcionante.

Aos 6, experimentei o salto fino da mãe, número 36, vermelho. Caí depois de 2 passos.

Quase me atropelaram. 6 anos. Quase quis ser atropelada. 15 anos.

Já tentei os óculos de todo mundo tentando ver o mundo de maneira melhor, menos turva, talvez.

Empilhei livros e carta desejadas sem saber por onde começar.

Chorei ao ler um conto em uma prova de português na terceira série. Como o tempo vai...

Vivi. Desejei a cadeira de dentista que vi à venda em uma loja, uma viagem para o fundo do mar, o cavalo marinho da galeria no centro, desejei morte por afogamento, perfumes caros, sorvete de morango escorrendo pelos cotovelos. Não consigo mais saber o porquê.

Caminhei longe querendo não encontrar.

Digging holes. Now, that takes a lifetime.

Algumas pessoas bebem água até vomitar, pensam que pedras vão lhes assassinar, preferem se jogar na frente de um caminhão a ficarem gordas, choram em filmes de comédia ou em propagandas da Polishop, tem medo de partículas de poeira dançando soltas no ar da manhã.

De que adiantar contar os números, agora que não param mais de aumentar?

Explicar o que há? Neeeeem, posso ser o osso selvagem que ainda teima em desmembrar o universo. Está tudo bem. 

Isso não é uma confissão, um conto, crônica, um pedido, é apenas o que me serve para viver aqui.

Brasília é mal iluminada, você sabia? Não, não preciso de gelo, ah, no chão está bom, olha, quero voltar, quero ter mais tempo para ensaiar. Dizem que não se ensaia fuga, mas porra

o que as pessoas sabem?

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